Drama
DISPONÍVEL NA NETFLIX
Ray – Ellen Fanning
Maggie –
Naomi Watts
Dolly – Susan
Sarandon
As
convenções sociais definem dois gêneros: masculino e feminino, cada qual com um
tipo de comportamento e modo de vestir próprios (estamos falando de ideias
estereotipadas, mas que ainda regem a nossa sociedade). Transgênero é todo
aquele que nasce com um determinado sexo biológico atribuído, mas sua identificação
pessoal corresponde a um gênero diferente. Não é uma doença ou um distúrbio
psicológico.
A
Transgeneridade se manifesta logo na primeira infância na maioria das vezes e é
percebida através dos interesses manifestos pela criança.
O filme traz
a história de Ray, adolescente de 16 anos, nascida Ramona, mas que, a partir
dos quatro anos de idade, começa a apresentar sinais de identificação com o sexo
masculino. Ray decide então passar por um tratamento hormonal, mas, para isso,
precisa da autorização de sua mãe (que não sabe o que fazer) e de seu pai, que
foi embora quando ele era apenas um bebê. Sua avó, por ser homossexual e casada
com outra mulher, não consegue entender a diferença entre o que acontece com
ela e o que acontece com Ray, o que torna o processo ainda mais difícil.
A história é
consistente e traz uma temática muito discutida nos dias de hoje e que as
pessoas ainda tem muita dificuldade em lidar. Além da transgeneridade, o filme
traz os conflitos existentes entre três gerações, as dificuldades de uma mãe
lidar com as questões inerentes ao filho quando o pai é ausente e também
outras dinâmicas familiares.
É uma pena
que uma história tão bonita e atores de primeira linha tenham passado por um
processo de direção que acabou deixando todos esses conflitos na
superficialidade. Talvez Elle Fanning não tenha tido a maturidade suficiente
para segurar um papel tão denso e profundo, mas foi bem.
Falhas à
parte, o filme vale à pena, apesar de ser avaliado de forma geral com notas
medianas.
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