Cinema Catástrofe,
Explosão Nuclear
Cinema sul-coreano
OBS.:
Disponível no catálogo da Netflix.
A Coréia do
Sul é um país em ascensão cultural e econômica e, por conta disso, seu cinema
acompanha a mesma evolução. É um dos únicos países onde o cinema nacional é
mais assistido que as produções internacionais, incluindo as americanas.
No trailler
percebemos uma história que envolve uma grande catástrofe: a explosão de uma
usina nuclear. Os efeitos já se mostram bonitos e comparáveis ao recente
Horizonte Profundo.
Na história
vemos que já existe uma porção da população que não vê com bons olhos a
utilização da energia nuclear como principal geradora, até mesmo porque um
acidente em épocas anteriores já havia feito muitas vítimas. Mas os perigos não
são informados à população que, mesmo depois da explosão, continua sem saber o
que realmente está acontecendo.
Novamente a
irresponsabilidade de algumas pessoas no governo que teimam em resolver as
coisas sem participá-las ao presidente leva a um acidente nuclear que ocorre
por causa de um terremoto 6.1. Apesar da construção teoricamente estar preparada
para um terremoto até nível 7, os encanamentos são muito antigos e os que ainda
não puderam ser trocados começam a quebrar, elevando a radiação cada vez a
níveis mais altos.
Os
acontecimentos que vemos no filme se assemelham muito àqueles que vemos em
documentários sobre o acidente de Fukushima e Chernobyl, mas com proporções
maiores.
O filme tem
sim falhas: é muito longo (2 horas e 15 minutos), possui muitos núcleos se desenvolvendo na história ao mesmo tempo, mas não se perde. A carga dramática em
alguns momentos é excessiva. Acredito que a experiência pode ser melhorada
sendo visto na forma dublada, pois o idioma coreano ainda é muito estranho para
nós ocidentais.
Mas não fica
muito atrás das produções americanas. É bem filmado, o roteiro bem construído,
os efeitos convincentes.
Também traz
uma lição por trás da história que já devia ter sido aprendida depois de
enfrentarmos tantos desastres que afetaram a natureza: Que não adianta
acumularmos riquezas se não tivermos futuramente onde morar.
Vale à pena
assistir sim, mas pelos defeitos enumerados acima ficará apenas com o Selo
Bronze.
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