sexta-feira, 28 de abril de 2017

PANDORA (2016)




Cinema Catástrofe, Explosão Nuclear
Cinema sul-coreano

OBS.: Disponível no catálogo da Netflix.

A Coréia do Sul é um país em ascensão cultural e econômica e, por conta disso, seu cinema acompanha a mesma evolução. É um dos únicos países onde o cinema nacional é mais assistido que as produções internacionais, incluindo as americanas.

No trailler percebemos uma história que envolve uma grande catástrofe: a explosão de uma usina nuclear. Os efeitos já se mostram bonitos e comparáveis ao recente Horizonte Profundo.

Na história vemos que já existe uma porção da população que não vê com bons olhos a utilização da energia nuclear como principal geradora, até mesmo porque um acidente em épocas anteriores já havia feito muitas vítimas. Mas os perigos não são informados à população que, mesmo depois da explosão, continua sem saber o que realmente está acontecendo.

Novamente a irresponsabilidade de algumas pessoas no governo que teimam em resolver as coisas sem participá-las ao presidente leva a um acidente nuclear que ocorre por causa de um terremoto 6.1. Apesar da construção teoricamente estar preparada para um terremoto até nível 7, os encanamentos são muito antigos e os que ainda não puderam ser trocados começam a quebrar, elevando a radiação cada vez a níveis mais altos.

Os acontecimentos que vemos no filme se assemelham muito àqueles que vemos em documentários sobre o acidente de Fukushima e Chernobyl, mas com proporções maiores.

O filme tem sim falhas: é muito longo (2 horas e 15 minutos), possui muitos núcleos se desenvolvendo na história ao mesmo tempo, mas não se perde. A carga dramática em alguns momentos é excessiva. Acredito que a experiência pode ser melhorada sendo visto na forma dublada, pois o idioma coreano ainda é muito estranho para nós ocidentais.

Mas não fica muito atrás das produções americanas. É bem filmado, o roteiro bem construído, os efeitos convincentes.

Também traz uma lição por trás da história que já devia ter sido aprendida depois de enfrentarmos tantos desastres que afetaram a natureza: Que não adianta acumularmos riquezas se não tivermos futuramente onde morar.

Vale à pena assistir sim, mas pelos defeitos enumerados acima ficará apenas com o Selo Bronze.




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