Drama
Juan –
Mahershala Ali (da série 4400)
Tereza –
Janelle Monae (Estrelas além do tempo)
Paula –
Naomie Harrys (Skyfall)
Chiron
(Black) – Trevante Rhodes (ex-atleta em seu primeiro filme)
OBS.: O ganhador
do Oscar de melhor filme de 2017 estréia hoje na Netflix.
O ganhador do Oscar
(melhor filme e também melhor ator coadjuvante, roteiro adaptado e fotografia),
está a partir de hoje disponível na Netflix. Odiado por uns e amados por
outros, cada um tem sua própria percepção.
O filme é como um estudo de personagem. Fala de
sua solidão, seu sofrimento e da busca pelo encontrar-se, saber quem ele
realmente é e talvez o mais difícil, a aceitação daquilo que vier a encontrar
dentro de si mesmo. Uma busca interna e não externa como vimos no filme
Lion.
Os primeiros 35 minutos
de filme trazem um Chiron ainda criança e mostra a realidade em que ele vive,
com Paula, uma mãe drogada e que o maltrata. O menino também sofre perseguições
na escola, sendo chamado de “bicha” pelos outros meninos (embora ele não demonstre
nenhum tipo de comportamento homossexual), o que ele nem sabe o que é. Durante uma dessas perseguições
conhece Juan, o traficante do bairro que vende drogas, inclusive para sua
própria mãe.
Numa segunda fase,
Chiron é um adolescente, Juan está morto. Ele começa a descobrir sua
sexualidade e continua sofrendo perseguições na escola.
Numa terceira fase, vemos
um Chiron adulto, que apesar de já ter atingido certa comodidade financeira,
ainda não resolveu seus conflitos internos.
Para os que o odeiam, o
filme parece ser bem arrastado, tem um ritmo vagaroso, mas parece ser esse o
objetivo. Fazer com que o público vá digerindo cada cena e chegando às suas
próprias conclusões. Quem percebe isso, que é um filme de imersão no
personagem, consegue tirar maior proveito da experiência e gostar do filme.