quarta-feira, 31 de maio de 2017

MOONLIGHT - SOB A LUZ DO LUAR (2017) POST 2




Drama

Juan – Mahershala Ali (da série 4400)
Tereza – Janelle Monae (Estrelas além do tempo)
Paula – Naomie Harrys (Skyfall)
Chiron (Black) – Trevante Rhodes (ex-atleta em seu primeiro filme)

OBS.: O ganhador do Oscar de melhor filme de 2017 estréia hoje na Netflix.


O ganhador do Oscar (melhor filme e também melhor ator coadjuvante, roteiro adaptado e fotografia), está a partir de hoje disponível na Netflix. Odiado por uns e amados por outros, cada um tem sua própria percepção.


O filme é como um estudo de personagem. Fala de sua solidão, seu sofrimento e da busca pelo encontrar-se, saber quem ele realmente é e talvez o mais difícil, a aceitação daquilo que vier a encontrar dentro de si mesmo. Uma busca interna e não externa como vimos no filme Lion.


Os primeiros 35 minutos de filme trazem um Chiron ainda criança e mostra a realidade em que ele vive, com Paula, uma mãe drogada e que o maltrata. O menino também sofre perseguições na escola, sendo chamado de “bicha” pelos outros meninos (embora ele não demonstre nenhum tipo de comportamento homossexual), o que ele nem sabe o que é. Durante uma dessas perseguições conhece Juan, o traficante do bairro que vende drogas, inclusive para sua própria mãe.






Numa segunda fase, Chiron é um adolescente, Juan está morto. Ele começa a descobrir sua sexualidade e continua sofrendo perseguições na escola.


Numa terceira fase, vemos um Chiron adulto, que apesar de já ter atingido certa comodidade financeira, ainda não resolveu seus conflitos internos.


Para os que o odeiam, o filme parece ser bem arrastado, tem um ritmo vagaroso, mas parece ser esse o objetivo. Fazer com que o público vá digerindo cada cena e chegando às suas próprias conclusões. Quem percebe isso, que é um filme de imersão no personagem, consegue tirar maior proveito da experiência e gostar do filme.






terça-feira, 30 de maio de 2017

LION: UMA JORNADA PARA CASA (2016) POST 2




Drama, Baseado em uma história real

Saroo – Dev Patel (Jamal Malik de “Quem quer ser um milionário”)
Lucy – Rooney Mara (Carol)
Sue – Nicole Kidman (Grace de Mônaco)

Hoje estréia na Netflix o filme “LION: UMA JORNADA PARA CASA”.

Nos primeiros 20 minutos de filme você compreende como o pequeno Saroo, com apenas cinco anos de idade conseguiu se perder de sua família original. Depois de passar por inúmeras dificuldades ele é encaminhado a um orfanato, onde é adotado por uma família australiana.

 

Prepare-se para uma hora de muito choro e comoção, até porque o pequeno Saroo (interpretado pelo brilhante Sunny Pawar) nos deixa agoniados e você fica torcendo para que todo aquele sofrimento acabe logo.


Depois disso encontramos um Saroo com cerca de 26 anos, indo estudar hotelaria em Melbourne onde conhece Lucy, por quem se apaixona. Durante uma festa em casa de amigos, Saroo encontra uma coisa familiar que o leva a lembrar de sua verdadeira história. Começa aí sua busca, sua jornada para casa.

Algumas críticas falam de um filme apelativo, que usa a emoção como um caça Oscar. Não vimos assim. Ser sentimental muitas vezes nos leva a uma maior imersão na história. Tudo é real e triste mesmo, não teria como aliviar o clima, mostrando situações de extrema pobreza que reinam no país asiático (a mesma realidade mostrada em “Quem quer ser um milionário”). E fazer o espectador mergulhar nesse mundo de sofrimento, faz parte.

É importante salientar a fotografia de Greig Fraser que é impecável.

O filme retrata também a importância da adoção pelas famílias e mostra que todo filho adotivo, mesmo sendo ainda bebê, vem com uma história, um passado, que é adotado junto com a criança.

As atuações são incríveis. Nicole Kidman está em um papel magnífico e consegue transferir toda a emoção sentida por seu personagem.

O filme concorreu ao Oscar 2017 de melhor filme, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor ator com Dev Patel e melhor atriz coadjuvante com Nicole Kidman. Mas não levou nenhum prêmio.






segunda-feira, 29 de maio de 2017

SULLY: O HERÓI DO RIO HUDSON (2016)




Drama/Cinebiografia

Chesley “Sully” Sullenberg – Tom Hanks (Inferno)
Jeff Skiles - Aaron Eckhart (Dominação)

No dia 15 de janeiro de 2009, o avião pilotado por Chesley Sullenberg saiu de Nova York, do aeroporto LaGuardia em direção a Charlotte, na Carolina do Norte. Logo após a decolagem, o avião é atingido por uma revoada de pássaros que destroem as turbinas e param os dois motores do avião. Sua saída seria voltar ao aeroporto LaGuardia, mas com sua experiência de 42 anos como piloto ele logo percebe que o tempo não seria suficiente.


Nesse momento ele resolve fazer um pouco forçado no Rio Hudson, na região adjacente de Manhattan. Assim ele consegue salvar 155 pessoas, entre passageiros, tripulação e ele mesmo, a grande maioria sem nenhum ferimento.



Diante desse grande feito passa a ser reconhecido como herói nacional, mas logo em seguida começam as investigações sobre o pouso, porque o piloto não retornou ao aeroporto LaGuardia, e a busca por responsabilizar os pilotos por terem colocado a vida dos passageiros em risco inutilmente.

Com uma temática breve, o roteiro só poderia ser pobre, mas o diretor CLINT EASTWOOD tira leite de pedra, brilha na direção de um filme simples, com várias cenas repetitivas (o que tira algumas vezes a atenção do espectador), mas que alterna entre o técnico e o sentimental.

Assim o filme foca no acidente, nos encontros dos pilotos com os representantes da agência reguladora dos Transportes Aéreos e na agonia de Sully, primeiramente em salvar todas as pessoas e depois em ver que sua carreira pode ser, de uma hora para outra, jogada no lixo, o que o faz sofrer com pesadelos e dúvidas.




Mas temos como protagonista TOM HANKS, e só esse fato já faz valer  à pena assistir ao filme. Mais uma vez ele está brilhante no papel e nos faz ver o próprio piloto e participar de suas preocupações. Um homem capaz de um feito histórico, mas que não se reconhece como um herói.

Outro ponto favorável é a cena do acidente que é replicada com perfeição.

Se você quer ver imagens da queda do avião, aqui embaixo temos o vídeo da matéria do Jornal Nacional.




Nesse outro vídeo temos a matéria completa, veiculada pela Rede Record na época do acidente.




O filme foi baseado na obra HIGHEST DUTY: MY SEARCH FOR WHAT REALLY MATTERS, escrita pelo próprio Sully Sullenberg, com co autoria do escritor Jeffrey Zaslow, morto em 2012 durante uma turnê de outro livro que ele também foi co autor.

Na época a estréia do filme teve que ser adiada por conta do desastre aéreo que acometeu o time da chapecoense.



domingo, 28 de maio de 2017

THE HARVEST – A AMEAÇA (2015)





OBS.: Trailer disponível apenas em inglês.


Suspense

Richard – Michael Shanon (Animais Noturnos)
Katherine – Samantha Morton (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
Andy – Charlie Tahan
Maryann – Natasha Calis

Maryann acaba de perder seus pais e vai morar com os avós, em uma cidade nova. Como toda adolescente, teme em não fazer novos amigos e, em uma de suas andanças pela região, conhece Andy, um menino que vive preso em casa por ser paraplégico e ter outros problemas de saúde. Sua mãe, Katherine, é médica, e logo se percebe certos conflitos com o marido, que ela diz ser um simples enfermeiro.

Maryann simpatiza com o menino e procura reforçar essa amizade, mas a mãe dele a proíbe e se torna ameaçadora. A menina percebe que existe algo errado e começa a achar coisas estranhas, muito estranhas.



Nessa história vemos muito suspense e a cada momento achamos que descobrimos o que está acontecendo, para depois mais tarde ficarmos confusos novamente.

Um ponto importante ressaltado no filme é o fato de que a Dra Young (mãe de Andy) se acha acima de todas as coisas simplesmente por ser médica. Uma frase presente no filme mostra muito essa realidade que percebemos nos médicos aqui fora. “Qual a diferença entre o médico e Deus? Deus não acha que é um médico”.

As atuações são boas, mas o menino Andy deixa um pouco a desejar.


Vale à pena assistir? Sim, achamos um bom entretenimento. O roteiro poderia ter sido melhor trabalhado, mas está bem longe de ser perda de tempo.


sábado, 27 de maio de 2017

LUGARES ESCUROS (2015)





Suspense

Um crime bárbaro. Uma família morta e apenas dois sobreviventes. A menina, apesar de pouca idade diz à polícia que o assassino foi seu irmão, o segundo sobrevivente. Ele é preso.

Libby Day, a sobrevivente, vivida por Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria), acaba vivendo de doações, pois o seguro de vida da mãe foi utilizado para a defesa do irmão preso. Porém um dia as doações acabam e ela fica sem dinheiro.

Lyle (Nicholas Hoult, a Fera de “X-Men: Apocalipse), um pequeno empresário que faz parte de um grupo de pessoas que tentam resolver casos que estão sem solução ou que passam dúvidas quanto ao real assassino, oferece dinheiro para que ela ajude a apurar fatos, novas evidências que possam inocentar Benjamin e resolver o crime, já que o grupo acha que ele não é culpado pelos crimes. Para isso eles tem três semanas antes que o processo seja definitivamente arquivado.


Libby fica resistente no início, mas como precisava desesperadamente de dinheiro, aceita enfrentar seu passado, embora não tenha dúvidas sobre o que aconteceu. Mas fatos começam a aparecer e ela percebe que as coisas podem não ter sido como ela imaginava.

O filme é muito bom, recheado de atuações à altura do plot principal do filme. Ele realmente tem um clima de suspense que prende a atenção, revelando coisas que você não imaginava.

O filme se passa alternadamente nos dias de hoje, com as pesquisas de Libby e os acontecimentos de 30 anos antes.


A história é baseada no livro de Gillian Flynn, escritora e Crítica televisiva também autora de “Garota Exemplar” e especialista em temas de suspense.


sexta-feira, 26 de maio de 2017

SMALL CRIMES – Pequenos Delitos (2017)





Drama com um pouco de suspense

Joe Denton – Nikolaj Coster-Waldau (Game of Thrones)

Joe cometeu um crime e por isso passou 6 anos na prisão. Porém quando ele sai não é aceito pela sociedade da pequena cidade onde vive. As pessoas não acreditam em sua mudança, acham que o tempo pago foi pequeno, querem vingança e essa acaba sendo a temática que mais aparece no filme.

Polícia corrupta, manipulação de juízes, pessoas tentando fazer justiça com as próprias mãos e a intolerância geral.

Tá, legal, temas muito bons a serem abordados. Só que o roteiro é tão bagunçado, que chega um momento em que você cansa de assistir ao filme, até porque o crime mesmo cometido por Joe só vai aparecer depois da metade do filme, quase no final.

Realmente um tiro no pé e começamos a ter sempre um pé atrás com as criações da Netflix, ainda mais quando são ruins e apresentadas como originais do canal de Streaming.

As séries que a Netflix produz tem sido imbatíveis, a gente começa a assistir e não quer largar mais, porém os filmes, na sua maioria, não tem sido uma boa experiência.

Vamos esperar que o nosso canal favorito repense isso.




quinta-feira, 25 de maio de 2017

ZOOTOPIA (2016)





Animação com Aventura e Comédia

Essa é a história da coelha Judy que sonha, desde pequena, em ser policial na cidade de Zootopia, uma espécie de metrópole onde os animais, agora desenvolvidos e sem ter mais o instinto predador, convivem normalmente. Ela tem em sua cabeça que em Zootopia todos podem ser o que quiserem e corre atrás do seu sonho.

Porém uma coelha nunca conseguiu ser policial, um cargo apenas destinado aos leões, elefantes, hipopótamos, ou seja, animais de grande porte.

Mas Judy é persistente e consegue realizar seu sonho. Só que aí se depara com outro desafio: ser reconhecida como uma verdadeira policial.

Para isso ela terá apenas 24 horas para desvendar o desaparecimento de alguns mamíferos, contando apenas com a ajuda (nada espontânea) de uma raposa trambiqueira.



O filme levou merecidamente o Oscar de melhor animação de 2017, tendo como adversários os excelentes Moana, Kubo e as Cordas Mágicas, Minha vida de Abobrinha e Tartaruga Vermelha.


Quer ver o clipe da música da Shakira que embala o filme?


Os diferentes animais que formam Zootopia nos remetem às diferentes personalidades que formam o nosso mundo e traz a importância da tolerância e a compreensão dessas diferenças para uma convivência mais harmoniosa.

A história de Judy também traz a famosa lição do Querer é (quase sempre) poder, como diz a música Try Everything.


quarta-feira, 24 de maio de 2017

QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO (2017)





Drama, Comédia, um filme sobre a vida

OBS.: A voz dos cachorros no filme original é de Josh Gad. Josh é famoso por suas dublagens como Olaf (Frozen), Chuck (Angry Birds) e além de ser um dos protagonistas do filme Pixels, interpretou Le Fou no recente “A Bela e a Fera”.

Quando soubemos da estréia do filme e vimos o título, logo pensamos: “Meu Deus, um filme sobre cachorro? Será chato? Arquivei o título e sempre que ia assisti-lo acabava optando por outro.

Por fim sentamos e assistimos.

Tirando o prejuízo de uma caixa de lenços de papel porque o choro corre solto do começo ao fim do filme, algumas vezes de tristeza, outras de alegria, o filme é simplesmente INCRÍVEL!!!! E olha que temos gatos, nem temos cachorros como animais de estimação.



A história começa com o cachorro sendo salvo de morrer dentro de uma caminhonete sem ar e água pelo garoto Ethan, que o adota. Sua história segue por outras duas vidas e termina com o reencontro dele com seu primeiro dono.

Como o próprio nome diz, em cada uma de suas vidas percebemos um propósito diferente, mas que acaba sendo sempre o mesmo: cumprir uma bela jornada com a pessoa que foi escolhida para amar e ser amada por ele.

Baseado no livro de W. Bruce Cameron, “A Dog’s Purpose” (O Propósito de um Cachorro), tem outro livro como continuação que se chama “A Dog’s Journey” (A Jornada de um Cachorro)

Quer assistir pelo You Tube? Endereço abaixo:





Nossa classificação seguirá em como vimos o filme, cheio de emoção, bonitas atuações e filmagem impecável. É a classificação de uma obra sem olharmos detalhadamente o público a qual ela é direcionada. Quem não gosta do estilo, não curte filmes sobre e com animais, não vai concordar, mas para nós ele é medalha de ouro, sem dúvida!!!!


terça-feira, 23 de maio de 2017

LOVING (2016)





OBS.: Trailer disponível apenas em inglês.

Drama

Richard – Joel Edgerton (Exodus)
Mildred Loving – Ruth Negga (12 anos de  Escravidão)

EUA, ano de 1958. Richard é branco e Mildred é negra. Os dois estão apaixonados, ela engravida e ele resolve se casar com ela. Para isso viajam até Washington. Porém, o casamento interracial na cidade onde moram, no estado da Virginia, é proibido, e por isso são presos na calada da noite.

Sua pena, um ano de reclusão ou sair do Estado, onde moram suas famílias, e só voltar depois de 25 anos.

Eles se mudam, formam uma família, mas Mildred não é feliz, pois estava acostumada a viver em um local aberto, perto da natureza e vê sua casa na cidade como uma gaiola, onde seus filhos não têm a liberdade que ela teve quando criança.



Por isso decide lutar pelos seus direitos, de viver com o homem que ama e criar sua família no lugar onde nasceu. Aí começa sua luta por sua liberdade.

O filme é lento, mesmo para um drama, e estica muito (2 horas) uma temática que, apesar de muito importante, é direta. As atuações são boas, mas não deixam uma grande impressão. A certa altura o filme começa a ficar repetitivo e cansativo.

Indicação de Oscar 2017 de melhor atriz para Ruth Negga.

O filme foi inspirado no documentário “The Loving Story”.





OBS.: Áudio disponível apenas em inglês.





segunda-feira, 22 de maio de 2017

VERSÕES DE UM CRIME (2017)



Suspense, Ambientação em Tribunal

Richard Ramsey – Keanu Reeves (Matrix)
Loretta Lassiter – Renée Zellweger (O Diário de Bridget Jones)
Boone Lassiter – Jim Belushi (protagonista da serie “According to Jim”)
Janelle – Gugu Mbatha-Raw
Mike Lassiter – Gabriel Basso

Versões de um crime é uma trama estilo John Grisham, com direito a advogado de acusação, júri e Juiz.

Richard é o advogado que vai defender Mike da acusação de ter matado seu pai, sendo ele réu confesso. Porém, ele não pronuncia uma única palavra desde o acontecido, e o advogado não tem nenhuma informação para construir sua defesa. E agora? Como conseguir absolver o rapaz?

A história não é ruim. O roteiro até tenta demonstrar os fatos em uma cronologia que prenda a atenção de quem assiste. Mas o problema maior está na atuação. Por mais que o elenco esteja recheado de estrelas, elas não conseguem mostrar a complexidade de cada personagem, ou seja, a história acaba ficando na superficialidade.




O filme é um suspense bem lento, sem grandes sustos, e que propõe ao espectador ir construindo a sua própria teoria do que aconteceu.

Para aqueles mais espertos a trama já vai sendo elucidada no decorrer do filme, mas ele pode ainda guardar uma surpresinha no final.




domingo, 21 de maio de 2017

ANTES QUE EU VÁ (2017)




Drama

Samantha Kingston – Zoey Deutch (Tinha que ser ele?)


Você assistiu um filme chamado “O Feitiço do Tempo”? Um filme de 1993 (sim velho pra caramba, rsrsrsrs), com Andie Macdowell (Quatro Casamentos e um Funeral) e Bill Murray (Caçafantasmas). 

Nesse filme Bill faz o papel de Phil, um meteorologista extremamente arrogante que vai cobrir o dia da Marmota em uma pequena cidade da Pensylvannia e quer ir embora dali o mais rapidamente possível. Com seu mal humor no máximo, ele trata todas as pessoas de forma intolerante. Mas, por conta de uma nevasca, ele acaba preso em um loop onde ele revive várias e várias vezes o mesmo dia, até cair à ficha no que está fazendo de errado e mude suas atitudes. Inclusive em relação a Rita, que ele quer conquistar. O trailer do filme está aqui em baixo para quem quiser ver.




Mas, porque estamos falando desse filme?

Bem, quando li a sinopse de “Antes que eu vá”, ela dizia que a protagonista teria uma semana para mudar sua vida. Mas não é isso o que realmente acontece. Assim como Phil, ela fica presa em um loop diário, onde o dia se repete, ela morrendo no final, ou não. Uma espécie de Feitiço do Tempo Teen.

O filme traz a tona a temática já bem recorrente em alguns filmes da atualidade que trata dos conflitos vividos pelos adolescentes, mas de uma forma que propõe o crescimento da protagonista a cada dia que ela repete.




Uma grande diferença é que “Feitiço do Tempo” tem um tom de comédia o tempo todo, é um filme para rir, enquanto “Antes que eu vá” tem uma tônica mais dramática, onde a protagonista vive os 3 estágios básicos diante de um problema: a negação, onde ela continua vivendo como se nada estivesse acontecendo e repetindo os mesmos atos; a rebeldia, onde ela fica nervosa e desafia o tempo, e finalmente a aceitação, onde ela começa realmente a mudar as coisas e, quem sabe, seu próprio destino.

Mais um filme inspirado em um livro, nesse caso “Before I Fall” de Lauren Oliver.

Vale à pena assistir? Bem, eu confesso que fiquei um pouco decepcionada no início por ver uma temática repetida, por mais que aborde assuntos e gêneros diferentes, mas o filme cresce com o andamento da história e no final surpreende. Assistimos e gostamos sim.



Mas é um filme que varia entre a medalha de prata para quem nunca viu essa dinâmica no cinema e a medalha de bronze para quem já assistiu filmes adolescentes demais.


Quer assistir ao filme? Acesse o link abaixo:

http://filmeseseriesonline.net/antes-que-eu-va-legendado/


sexta-feira, 19 de maio de 2017

O JOGO DA IMITAÇÃO (2015)




Drama, cinebiografia, um pouco de suspense, baseado em fatos reais

Alan Turing – Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho)
Joan Clarke – Keira Knightley (Mesmo se Nada der Certo)



OBS.: O filme entrou hoje no catálogo da Netflix, mas se você quiser assistir e não tiver o serviço de streaming pode assisti-lo com boa qualidade no You Tube, link abaixo:



Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha usa mensagens criptografadas para se comunicar com seus aliados. Isso fazia com que os outros países não conseguissem antecipar os seus ataques e com isso estavam morrendo milhares de pessoas. Esses códigos são denominados como “O Enigma”.

Turing é chamado para tentar decodificar os códigos envolvidos nessa criptografia com o objetivo de, interceptando essas mensagens, poder antecipar os ataques e construir defesas mais eficientes.

Ele começa a desenvolver uma máquina, uma espécie de ancestral dos computadores, que visava decodificar qualquer mensagem que pudesse ser emitida pelos nazistas. O primeiro computador do mundo. Turing possui uma inteligência incomum, mas tem grandes dificuldades em trabalhar em equipe, principalmente quando faz parte dessa equipe uma mulher tão incomum quanto ele. Além disso, não consegue se relacionar positivamente com os outros membros da equipe. Mas um propósito, uma ideia única pode os unir.



Turing é um matemático, um homem da lógica, mas também sofre com segredos, com seus conflitos pessoais, sua homossexualidade, tudo o que o leva a um dos maiores pecados que se pode cometer de acordo com a visão religiosa.

O filme foi baseado no livro de Andrew Hodges “Alan Turing: The Enigma”.

O filme obteve indicação em 8 categorias para o Oscar 2015:

- Melhor filme;
- Melhor diretor para Morten Tyldum;
- Melhor ator para Benedict Cumberbatch;
- Melhor atriz coadjuvante para Keira Knightley;
- Melhor direção de arte;
- Melhor montagem;
- Melhor trilha sonora;
- levando o prêmio de melhor roteiro adaptado.

O primeiro a se interessar a interpretar o papel de Turing foi Leonardo de Caprio, mas acabou desistindo do projeto.

O filme é magnífico e vale à pena ser assistido!!!!


quinta-feira, 18 de maio de 2017

GET OUT – CORRA! (2017)


O trailler desse filme será postado como sempre, mas, se você quer ter uma experiência melhor em relação ao suspense que o filme causa, por favor, não assista. O trailler é praticamente um resumo do filme!!!!!



Suspense com um pouco de terror


Chris – Daniel Kaluuya (Sicario e Black Mirror)
Rose – Allison Willians (A protagonista da série Girls)


Chris é um fotógrafo negro que namora Rose, uma jovem branca de família tradicional do interior. O namoro chega naquele ponto de finalmente conhecer a família. Como Chris é órfão, ele vai até a cidade da família de Rose para conhecê-los, sem antes fazer aquelas tradicionais perguntas: “Seus pais sabem que sou negro? Você já namorou algum negro?” e recebe as clássicas respostas tipo “Meus pais não são racistas embora eu nunca tenha namorado um negro.”


Porém ao chegar à casa e ser muito bem recebido pela família dela, ele começa a ver coisas estranhas. As conversas sobre hipnose por parte dos pais dela que são médicos, o comportamento estranho de poucos negros que atuam como serviçais.


Bem, claro que até mesmo por ser um filme de suspense não daremos nenhum spoiler, mas podemos dizer que o filme nos prende a atenção pois ficamos com a sensação de que algo vai acontecer a qualquer momento. Terror mesmo, cenas mais pesadas apenas nos 15 minutos finais do filme.


O único ponto negativo que ressaltaríamos é que, os mais antenados e acostumados com esse tipo de filme, já vão conseguir matar pelo menos uma parte da trama lá pelo meio do filme, mas, mesmo assim, vão se surpreender no final.







O filme é produto da Blumhouse Productions, especializada em filmes de terror low-budget (filmes de baixo orçamento). A produtora é responsável por bons filmes do gênero como Atividade Paranormal, Fragmentado, Uma Noite de Crime e Sobrenatural.


O filme foi lançado em fevereiro nos EUA e está sendo uma grande surpresa, tendo ficado por semanas entre os quatro filmes mais vistos e bem recebido pela crítica. Traz o racismo à tona, mas, acreditem, de uma forma bem diferente. As atuações são boas e nos convencem, justamente por que conseguem passar aquela coisa estranha de que tem alguma coisa no ar, mas não fica claro exatamente o que.


Os amantes de suspense e momentos de tensão, e que não se importam com um pouco de terror vão gostar desse filme. Definitivamente um filme que sai do clichê que estamos acostumados a ver.


OBS.: (com um pouco de spoiler) Chris tem um amigo chamado Howery, daqueles meio sem noção, mas que falam coisas que às vezes tem sentido. Ele menciona várias vezes ser um oficial da TSA (Transportation Security Administration), ou seja, ele realmente entende de achar coisas (fica a dica).

Quer assistir ao filme? Link abaixo:








segunda-feira, 15 de maio de 2017

SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA NOITE (2017)




Drama, Fantasia

OBS:- Filme disponível no catálogo da Netflix.

Conor – Lewis MacDougall
Lizzie (a Mãe) – Felicity Jones (Inferno)
Pai – Toby Kebbell (Messala de “Bem-Hur”)
Avó – Signorney Weaver (Nossa Ellen Ripley de “Alien”)

O filme conta a história de um menino que vive com sua mãe, portadora de câncer terminal. Seus pais são separados desde que ele tinha 5 anos e seu pai, que construiu uma nova vida e família na América, é bastante ausente. Diante desse quadro entra em cena sua avó. Uma mulher de outra geração e hábitos diferentes do que ele está acostumado, que ele precisará compreender.

Na escola ele é como um ser invisível, pois as pessoas, diante da história que ele vive, acabam deixando de enxergá-lo. Menos Harry e seus amigos, que fazem questão de dar uma surra nele após as aulas, todos os dias.

É no meio dessa situação caótica que Conor começa a ter contato com uma árvore de Teixo, milenar nas redondezas, e que exatamente à meia noite e sete minutos se transforma em um monstro que vem até ele com o objetivo de contar histórias.

Mas para que servem essas histórias? Ajudar o pequeno grande Conor a passar pela fase mais difícil de sua vida. Ele quer acreditar na cura, mas sabe que será muito difícil dela se salvar. As histórias que o monstro conta servem também para nós, pois nos possibilita entender como até mesmo os próprios valores morais e éticos podem depender de interpretação.

A história é linda, repleta de frases de efeito que dá vontade de copiar e colar pela casa toda, mas ainda mais bonita é a história do livro que inspirou o filme.



Em 2007, já com um tumor na mama, Siobhan Dowd resolveu iniciar um projeto, uma história, a história de Conor, um garoto de 13 anos que precisa lidar com o câncer de sua mãe e recebe a visita de um monstro, sempre às 00.07, lhe dando conselhos, força, fé e contando histórias que ele não consegue entender. Mas Siobhan, aos 47 anos, não conseguiu vencer a doença, e o projeto ficou inacabado. Esse esboço caiu nas mãos do escritor norte-americano Patrick Ness, chamado pelo editor de Siobhan, e lançou o livro “A Monster Calls” (O Chamado do Monstro) em 2011, o transformando em um dos livros mais vendidos da época. Um detalhe importante é que os dois nunca se conheceram.

Um ponto importante da história é porque Siobhan escolheu uma árvore de teixo para ser o monstro. O Teixo é uma árvore que, através de sua casca, produz um remédio natural que auxilia na luta contra o câncer.

Gostaríamos de ressaltar que a tradução do título pode não ter sido muito exata, pois ao assistir você verá que o monstro aparece sempre que o ponteiro das horas está no 12 e o de minutos no 7, e também ao chamado de Conor, e não necessariamente à meia noite (no filme ele também aparece ao meio dia e sete minutos)

As atuações são impecáveis e o elenco todo de primeiríssima qualidade. Liam Neeson encarna o monstro com maestria e os efeitos são excelentes. Você enxerga o monstro como se ele estivesse ali, bem do seu lado.

Vale chorar, se emocionar e querer que tudo acabe junto com Conor. O filme é simplesmente maravilhoso!!!!!

Para mim não tem outra classificação.



domingo, 14 de maio de 2017

O LAGOSTA (2016)




Drama, Ficção, Futuro Utópico

Colin Farrell (Animais Fantásticos e Onde Habitam)
Rachel Weisz (A luz entre oceanos)


OBS.: Foi indicado ao Oscar 2017 de melhor roteiro original.


Num futuro, em uma sociedade fictícia, as pessoas são proibidas de serem solteiras. Assim que se separam ou ficam viúvas, são presas e levadas a um hotel, onde permanecem por 45 dias na tentativa de se apaixonarem e formarem um casal novamente. Se isso acontecer, elas voltam para a cidade e o convívio normal com outros casais. Senão, são transformadas em um animal de sua preferência e soltas na floresta.

Para incentivar a formação dos casais, além da perspectiva de se virar um animal para sempre e ser solto na natureza perigosa, os “chefes” trazem outros estímulos, como encenações de como a vida pode ser melhor com um parceiro, estímulos sexuais que não podem ser aliviados através da masturbação e a caçada a outros solteiros que fugiram do hotel para viver sua solteirice em paz, o que lhes garante mais um dia por cabeça de prazo para encontrar sua alma gêmea.

Sem dúvida é um filme bizarro e muito, muito inteligente. Suas metáforas falam das relações humanas e o convívio entre os parceiros. As situações pelas quais os personagens passam são logicamente absurdas, mas dão significado a muitas das situações que vivemos na nossa sociedade, onde realmente se você não tem um par, não é bem visto.

Vemos também como as pessoas tentam se transformar em outras, somente para formar um casal e a falsa gentileza daqueles que adoram jogar na cara dos outros que conseguiram um parceiro enquanto o amigo não conseguiu.

São as situações da vida comum relatadas com um humor negro sem igual. Para muitos o filme pode beirar ao mau gosto, portanto, cuidado!!!!! Para gostar desse filme tem que fazer analogias o tempo todo, pensar, não é só um entretenimento.

Ou seja, não é para todo tipo de público. Se você prefere os enlatados (nada contra, eu também adoro) não assista esse filme.

Para o público que gosta de filmes no estilo intelectual Medalha de Ouro, para quem não gosta Troféu Abacaxi.




sábado, 13 de maio de 2017

HANDSOME (2017)




Comédia Policial

Handsome: Um filme de Mistério é uma das novas atrações da Netflix. Entrou em seu catálogo no dia 5 de maio.

Jeff Garlin (o bruxo Kelbo de Os Feiticeiros de Waverly Place) faz o papel de Gene Handsome, um policial solteirão à beira da aposentadoria.

O mistério proposto no trailler é o assassinato de uma moça, babá de uma vizinha do policial Handsome, e cabe a ele descobrir o assassino e a motivação do crime.

Bem, a história inicial não é ruim, mas muito mal desenvolvida. O filme é vendido como uma comédia, mas as piadas são sem graça e o filme se torna cansativo, pois os elementos para a descoberta final do que aconteceu acabam passando totalmente desapercebidos.

E ai, de repente tudo se encaixa do nada. Só que aí você percebe que nem o crime fez muito sentido.


O filme é fraco, muito fraco.


sexta-feira, 12 de maio de 2017

GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 2 (2017)





Aventura, Fantasia

Senhor das Estrelas – Chris Pratt (Passageiros)
Gamora – Zoe Saldaña (A Lei da Noite)
Drax – Dave Batista (Riddick)
Nebulosa – Karen Gillan
Yondu – Michael Rooker
Ego – Kurt Russell (Horizonte Profundo)
Mantis – Pom Klementieff
Vin Diesel e Bradley Cooper como as vozes do fofo Groot e Rocket.

No primeiro filme a história relata a formação dos Guardiões da Galáxia. No segundo parece que faltou um pouco para o roteiro ser mais interessante.

Recheado de excelentes efeitos visuais o filme impressiona. Explora as relações humanas, independente de suas raças, principalmente entre Peter e cada um daqueles que o rodeia (seu pai  Ego, Yondu, Gamora, Rocket) e também de Gamora com sua irmã Nebulosa. A trilha sonora com aquela pegada de anos 80 continua sendo um diferencial do filme.

Ouvimos alguns relatos após a sessão e todos ficaram entre muito bom (aqueles que adoram o estilo e se apegam mais pela forma do filme, que realmente é bem colorida e cheia de estímulos) e outros que disseram ter feito muita força para não dormir (esses os fãs de uma história, um roteiro convincente).

Os vilões não provam muito a que vieram e o senso cômico tão bem colocado no primeiro filme ficou um pouco exagerado.

Se é um filme que vale à pena? Bem, todo mundo sabe que não dá pra esperar muito de uma continuação, sempre a história perde um pouco de seu glamour, mas pelos efeitos acho que vale sim à pena assistir.