UMA PRODUÇÃO ORIGINAL NETFLIX (TÁ
MELHORANDO!!!!)
Drama misturado com
verdade vestida de ficção.
Lucy Mirando
– Tilda Swinton (Precisamos falar sobre Kevin)
Dr. Johnny
Wilcox – Jake Gillenhaal
Jay – Paul Dano
(12 anos de escravidão)
Mija - Seo-Hyeon
Ahn (começou em séries de TV na Coréia com apenas 4 anos de idade)
Em 2007, Lucy
Mirando, CEO da Mirando Corporation, aciona a mídia para informar que está
sendo desenvolvida uma raça de superporcos sustentável, que consumirá menos
alimento, expelirá menos excremento na natureza e poderá alimentar, com um
único animal, muito mais pessoas. A apresentação desses animais que estão sendo
criados em 26 fazendas diferentes pelo mundo fica marcada para dali 10 anos.
Enquanto
isso, numa montanha da Coréia do Sul, a menina Mikha (ou Mija) está sendo
criada com uma das fêmeas desses superporcos, Okja, e as duas desenvolvem uma amizade verdadeira e feliz. Mikha
sabe da procedência de Okja, mas pensa que seu avô manda dinheiro para a
Mirando Corporation com o objetivo de comprá-la, mas isso não é verdade.
Ao chegar no
dia combinado, Okja é considerada a melhor entre os animais que foram criados e
a Cia a envia para Seul, com o objetivo de mandá-la para Nova Iorque. Aí começa
a saga de Mikha para salvar sua amiga de um destino cruel.
Okja parece
real, você não diz em muitos momentos que é um efeito visual. Para criar as
maravilhosas cenas do animal o especialista em efeitos visuais Erik-Jan de Boer
utilizou “vários atributos de animais reais” como porcos e hipopótamos. A criatura
também impressiona por sua personalidade e docilidade.
O filme traz
uma crítica severa à indústria alimentícia que, em nome de sua ganância cada
vez maior pelo dinheiro, não bastasse matar para servir de alimento, tem prazer
em torturar e ignorar os princípios éticos que deveriam prevalecer quando se
trata de um ser vivo.
O ritmo do
filme é bem acelerado, com algumas cenas pastelão que servem para aliviar a
tensão do filme que é contínua. Trata com perfeição a relação Homem X Animais e
alfineta elementos sociais como as selfies sem noção e mostra, com algum senso
crítico também, o trabalho dos ativistas em prol dos animais como a FLA (Frente
de Libertação dos Animais) por exemplo.
O filme sul
coreano produzido pela Netflix é o primeiro do serviço de Streaming a participar
do festival de Cinema de Cannes, o que acarretou revolta, sendo vaiado no dia
de apresentação e obtido duras críticas pelo júri da competição. Os cineastas
não vêem com bons olhos filmes que tem sua estréia nesse tipo de circuito sem
passar pelos cinemas e nem aceitam lançamentos simultâneos. Mas tenho a mesma
opinião que a atriz e produtora do filme Tilda Swinton: existe espaço para
todos.
É um bom
filme, mas pode ser muito chocante, principalmente para aqueles que forem
vegetarianos ou veganos, ou aqueles que, como eu, comem carne pensando que são
feitas em fábricas e não vem de sofrimento animal (bem, até que temos um pouco
de razão, já que nossa carne é feita de papelão......)
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