quarta-feira, 28 de junho de 2017

OKJA (2017)






UMA PRODUÇÃO ORIGINAL NETFLIX (TÁ MELHORANDO!!!!)


Drama misturado com verdade vestida de ficção.


Lucy Mirando – Tilda Swinton (Precisamos falar sobre Kevin)
Dr. Johnny Wilcox – Jake Gillenhaal
Jay – Paul Dano (12 anos de escravidão)
Mija - Seo-Hyeon Ahn (começou em séries de TV na Coréia com apenas 4 anos de idade)


Em 2007, Lucy Mirando, CEO da Mirando Corporation, aciona a mídia para informar que está sendo desenvolvida uma raça de superporcos sustentável, que consumirá menos alimento, expelirá menos excremento na natureza e poderá alimentar, com um único animal, muito mais pessoas. A apresentação desses animais que estão sendo criados em 26 fazendas diferentes pelo mundo fica marcada para dali 10 anos.

Enquanto isso, numa montanha da Coréia do Sul, a menina Mikha (ou Mija) está sendo criada com uma das fêmeas desses superporcos, Okja, e as duas desenvolvem uma amizade verdadeira e feliz. Mikha sabe da procedência de Okja, mas pensa que seu avô manda dinheiro para a Mirando Corporation com o objetivo de comprá-la, mas isso não é verdade.


Ao chegar no dia combinado, Okja é considerada a melhor entre os animais que foram criados e a Cia a envia para Seul, com o objetivo de mandá-la para Nova Iorque. Aí começa a saga de Mikha para salvar sua amiga de um destino cruel.

Okja parece real, você não diz em muitos momentos que é um efeito visual. Para criar as maravilhosas cenas do animal o especialista em efeitos visuais Erik-Jan de Boer utilizou “vários atributos de animais reais” como porcos e hipopótamos. A criatura também impressiona por sua personalidade e docilidade.

O filme traz uma crítica severa à indústria alimentícia que, em nome de sua ganância cada vez maior pelo dinheiro, não bastasse matar para servir de alimento, tem prazer em torturar e ignorar os princípios éticos que deveriam prevalecer quando se trata de um ser vivo.



O ritmo do filme é bem acelerado, com algumas cenas pastelão que servem para aliviar a tensão do filme que é contínua. Trata com perfeição a relação Homem X Animais e alfineta elementos sociais como as selfies sem noção e mostra, com algum senso crítico também, o trabalho dos ativistas em prol dos animais como a FLA (Frente de Libertação dos Animais) por exemplo.

O filme sul coreano produzido pela Netflix é o primeiro do serviço de Streaming a participar do festival de Cinema de Cannes, o que acarretou revolta, sendo vaiado no dia de apresentação e obtido duras críticas pelo júri da competição. Os cineastas não vêem com bons olhos filmes que tem sua estréia nesse tipo de circuito sem passar pelos cinemas e nem aceitam lançamentos simultâneos. Mas tenho a mesma opinião que a atriz e produtora do filme Tilda Swinton: existe espaço para todos.

É um bom filme, mas pode ser muito chocante, principalmente para aqueles que forem vegetarianos ou veganos, ou aqueles que, como eu, comem carne pensando que são feitas em fábricas e não vem de sofrimento animal (bem, até que temos um pouco de razão, já que nossa carne é feita de papelão......)





Nenhum comentário:

Postar um comentário