segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A MORTE TE DÁ PARABÉNS (2017)






Terror/suspense sem cenas gore e leve tom de comédia.


Tree é uma estudante universitária daquelas bem arrogantes e que faz parte de uma fraternidade de patricinhas. Trata as pessoas mal, não estuda, só quer saber de festas, homens e bebidas. Três anos atrás ela perdeu sua mãe com quem tinha uma ligação muito forte, pois as duas nasceram no mesmo dia do ano. Chegando a data de seu aniversário ela lembra da morte da mãe, e não quer festejar e nem que as pessoas saibam que é seu dia.





Só que ao final do dia ela é assassinada por uma pessoa mascarada e, logo em seguida, acorda no mesmo lugar que acordou no dia anterior. O dia que ela morre estava começando novamente. Ela recomeça a viver esse dia, o dia de seu aniversário, várias vezes até descobrir quem é seu perseguidor, o assassino que quer matá-la a qualquer preço.


Há pouco tempo tivemos outro filme parecido “ANTES QUE EU VÁ” onde a protagonista revivia o mesmo dia em busca de melhorar seu eu interior e resolver algumas coisas que sempre ficavam em aberto. Nesse mesmo estilo temos “O FEITIÇO DO TEMPO”, filme de 1993 onde um jornalista insuportável e arrogante passa pelo mesmo processo para trabalhar seus defeitos e conquistar o amor e respeito de uma mulher. Inclusive no final de “A MORTE TE DÁ PARABÉNS”, ele é citado.



Quanto ao filme em si, ele tem um terror leve que aparece nos vários momentos em que Tree é perseguida pelo assassino mascarado, tem momentos de suspense que antecedem a essas perseguições e um leve tom de comédia que permeia o resto do filme, dando um tom leve no geral.


É um bom divertimento, pois tem de tudo um pouco, sem utilizar sangue de forma exagerada e com suficientes cenas de jumpscare. A diferença entre ele e seus dois antecessores parecidos é que, além dessas repetições melhorarem Tree como pessoa, ela também consegue descobrir quem é o mascarado.


Os atores são novos, mas dão conta do recado e o diretor é o mesmo de grandes nomes do terror como “CORRA”, “SOBRENATURAL”, “A ENTIDADE” e “UMA NOITE DE CRIME”.


O roteiro é bem amarrado, tem seus pontos diferenciados dos mais comuns do gênero e possui um plot twist bem interessante no final.



Se quiser assistir abaixo temos o link para assistir ao filme no conforto de sua casa.


domingo, 29 de outubro de 2017

MÃE – EXPLICANDO O FILME (2017)






Muita gente saiu atordoada do cinema ou da sessão caseira do filme “MÃE”. O motivo é que se trata de um filme totalmente metafórico e que fala não só da maternidade, mas da criação do mundo, desde a gênese até o apocalipse.

Javier Bardem personifica a figura do Deus clássico, que criou a Terra e quer vê-la cheia de novas pessoas e ideias. Jennifer Lawrence personifica a Mãe Natureza, que para preservar sua relação com Deus quer que os dois fiquem sozinhos. Talvez ela já imagine que o ser humano seria capaz de corromper tudo aquilo que ela construiu com tanto amor e carinho.

Em um determinado momento chega a casa Ed Harris, que personifica Adão. Na cena onde ele passa mal e é auxiliado por Deus, uma cicatriz na altura das costelas aparece. Logo depois chega Michelle Pfeifer, nossa Eva, arrogante, curiosa e que passa a não cumprir regras. Ela entra na sala proibida onde Deus, o escritor, cria suas novas histórias e poesias, e quebra um cristal, o símbolo da Vida, representando a quebra que existe quando ela come o fruto proibido. Eles são expulsos pela mãe natureza do paraíso, mas Deus os acolhe, como pode mandar seus filhos embora? E aí eles transam, instaurando o pecado dentro da Terra, que é simbolizada pela casa.

Após o ato sexual chega o filho mais velho, depois o mais novo e numa briga por questões materiais o mais novo mata o mais velho (assim como Caim matou Abel).

Os canos estouram, vem o dilúvio, o povo vai embora, mas não adianta, eles não mudam e destroem novamente tudo que a casa lhes proporciona, em nome da adoração que eles tem pelo escritor. Alguns até dizem que suas palavras mudaram as suas vidas.

A Mãe Natureza engravida e aí o filme retrata toda a dedicação que uma mãe tem no período de gestação de uma nova vida, tanto que o coração da casa pára de sangrar.

A gravidez da Mãe traz o pequeno Jesus, que ela tenta proteger, mas Deus entrega ao povo, diz que eles precisam do menino, e o garoto é morto e comido (a hóstia que representa o corpo de Cristo nas celebrações cristãs).

A editora do livro simboliza a falsa profetiza, que em nome das palavras que tem no livro pratica atos contra a humanidade. E aí chega o Apocalipse, quando a casa explode, incendeia, acaba tudo, pois a Natureza não agüenta mais tudo aquilo, e nasce outra Mãe Natureza. Ele é o único que continua vivo, pois é Deus.

Mas essa é a única interpretação que o filme traz? Não. Ele pode ser visto como todos os conflitos que nascem de uma relação e da própria maternidade, e até mesmo da vida da pessoa como ela muda quando se consegue a fama, atraindo adoradores e haters, ambos invadindo sua privacidade.

A presença de Deus e da Mãe Natureza como Deusa (ela é chamada assim em vários momentos do filme), mostra que a história pode ser interpretada tanto pelas visões cristãs, como também pelas pagãs e por isso, em alguns momentos, apesar da submissão da Natureza em relação a Deus, os dois são colocados no mesmo patamar.

O filme também não possui trilha sonora, e isso acaba trazendo uma imersão ainda maior na história.

Darren Aronofsky é aclamado pela critica e famoso por suas obras surrealistas e muitas vezes ligadas à conotação religiosa e metafórica, como “NOÉ” e “CISNE NEGRO”.

Foi uma viagem assistir a esse filme, mas uma viagem que valeu à pena!!!!!



MÃE (2017)





Puramente metafórico


Javier Bardem é um escritor que mora em um casarão isolado no meio do campo com sua esposa mais nova, Jennifer Lawrence. A casa passou por um incêndio e, enquanto ele procura inspiração para escrever novas poesias, ela reconstrói a casa, cômodo por cômodo, tentando levar vida novamente ao lugar.


De repente a campainha toca e chega um homem. Depois chega uma mulher. Depois chegam os filhos do casal. Isso irrita a moça, que quer apenas viver com seu marido e reconstruir sua vida.


A sensação que se tem assistindo ao filme é de que vemos uma história desconexa, mas não é. Ela é a metáfora de algo que conhecemos muito bem, e que se você for esperta entenderá logo na primeira meia hora. Mas se isso não acontecer não se preocupe, fique ligado nos créditos finais e aí sim todo o mistério fará sentido.


Mas se ainda não fizer sentido, ainda hoje postaremos um texto com toda a explicação do filme. Fiquem Ligados!!!!!!


O filme é muito inteligente, chocou a crítica especializada e dividiu os espectadores, entre os que entenderam e amaram e os que não conseguiram captar a essência e odiaram. O fluxo é sim um pouco cansativo, mas imperativo para se entender a metáfora que tudo quer passar a quem assiste.



sexta-feira, 27 de outubro de 2017

WHEELMAN (2017)





Ação, Suspense

UMA PRODUÇÃO ORIGINAL NETFLIX


O protagonista (sem nome) é um ex-presidiário que trabalha como piloto de fuga em assaltos. A história começa quando ele entra em uma nova missão e começa a receber ordens estranhas pelo telefone. Essas ordens complicam a situação dele cada vez mais e acabam colocando em perigo sua filha Katie de 13 anos e sua ex mulher.




O filme é diferente do que costumamos ver pois é rodado com câmeras que mostram apenas dentro do carro e zonas periféricas durante praticamente o tempo todo, uma hora e 22 minutos de filme, ora fugindo de algo, ora procurando uma solução para o problema em que se envolveu.


Apesar de a história passar certo suspense, você vai descobrindo aos poucos o que realmente está acontecendo. O filme vale pela ação que ele proporciona dando ao espectador a visão de quem está dentro de toda a perseguição.


quarta-feira, 25 de outubro de 2017

TEMPESTADE – PLANETA EM FÚRIA (2017)






Filme catástrofe


No ano de 2019 o planeta passa por mudanças climáticas severas, ameaçando o planeta até mesmo de extinção. Dezessete países se reúnem e projetam um sistema de satélites, o “Dutch Boy”, nome dado em referência ao personagem fictício de uma história alemã que teria segurado o fluxo de uma represa tampando o buraco apenas com seu dedo.


Esse sistema é coordenado pelo engenheiro Jake Lawson (interpretado por Gerard Butler. Por conta de sua personalidade rebelde, após o sistema já ter sido instalado e estar funcionando normalmente, Jake é demitido pelo seu próprio irmão, Max, que faz parte da alta cúpula do governo.





Durante três anos tudo corre bem, até que começam a aparecer falhas que desencadeiam desastres em áreas pontuais do planeta e, como o governo americano está prestes a entregar o gerenciamento do sistema para outro país, fica sem opção e decide chamar novamente o engenheiro que mais conhece o sistema: Jake Lawson. Mas serão apenas defeitos naturais, ou existe algum tipo de conspiração por trás do que está acontecendo?


O filme pode ser decepcionante, como foi para nós, por prometer um filme com mais ações catastróficas e entregar um roteiro baseado mais em questões políticas e tecnológicas, mas não é ruim. Quem procura cenas de inundações, destruição, grandes ondas invadindo cidades e pessoas sendo resgatadas com certeza ficará frustrado, pois as cenas nesse sentido são poucas, rápidas e algumas nem existem.



Para a crítica foi um fiasco. Os espectadores em geral ficaram divididos em críticas muito ruins (com certeza o pessoal que gosta de ação) e aqueles que gostaram por conta do filme ter essa pegada diferente, com um roteiro de leve suspense, mas já um pouco batido.



Não causa arrependimento, mas também não o tipo de filme de grande impacto.




sábado, 21 de outubro de 2017

OS MEYEROWITZ: Família não se escolhe (2017)






Drama Existencialista


UMA PRODUÇÃO ORIGINAL NETFLIX


O filme mostra a dinâmica de uma família formada pelo pai Harold Meyerowitz (Dustin Hoffman) que teve filhos de dois casamentos diferentes. Do segundo nasceu Danny (Adam Sandler), um músico que dedicou sua vida aos cuidados de sua única filha Eliza, que agora está indo para a faculdade, e diante de um divórcio volta para a casa paterna. Também nasceu Jean (Elizabeth Marvel) e, pela ausência paterna, os dois acabam se tornando adultos problemáticos, que nunca tiveram um objetivo a seguir por não conhecer suas capacidades. Do terceiro casamento nasceu Matthew (Ben Stiller), que teve uma educação melhor, é o filho favorito do pai e se deu bem na vida.





Harold é um artista plástico que não obteve o sucesso que desejava, um sujeito egoísta que acabou refletindo seu desequilíbrio na educação dos filhos. No filme todos os dramas giram em trono dele e tem origem na sua figura.


As cenas parecem colhidas do dia a dia. Com certeza você já viu todas aquelas situações acontecerem, principalmente em famílias compostas. Filhos privilegiados em detrimento de outros, dramas na venda de imóveis de herança, divergências entre filhos de casamentos diferentes, frustração de alguns ao ver o sucesso de outros.





Os personagens tentam o tempo todo entender a si mesmos enquanto depoimentos sobre o passado de cada um são mostrados. O filme é montado de uma forma diferente, o que pode incomodar alguns espectadores, mas o que faz o filme valer à pena são as atuações perfeitas, principalmente de Adam Sandler e Ben Stiller que impressionam em suas atuações dramáticas.





sexta-feira, 20 de outubro de 2017

1922 (2017)






Thriller psicológico com drama

UMA PRODUÇÃO ORIGINAL NETFLIX

BASEADO NA OBRA DE STEPHEN KING DE MESMO NOME PUBLICADO EM 2010.






Wilfred James é um homem que dá muito valor à sua terra e ao seu filho. Ele se casou com Arlette que havia herdado 40 hectares após a morte do seu pai e juntou essa terra aos 33 que ele já possuía. O tempo passou e Arlette, que éra costureira e não gostava de viver no campo, resolveu vender sua terra, pedir o divórcio e se mudar com o filho para a cidade.


Wilfred, sendo um homem do campo, achava que os dois maiores valores que podia ter eram sua terra e seu filho e, prestes a perder tudo isso e não conseguindo fazê-la mudar de ideia, resolve matá-la. Convencer o filho a ajudá-lo não foi difícil, pois o menino já estava apaixonado por uma vizinha e não queria ir embora com a mãe.





Ele sabia que no ano de 1922 o sumiço bem explicado de uma esposa não levantaria suspeitas e resolveu levar seu plano adiante. Tudo isso acontece na primeira meia hora de filme. Depois disso Wilfred começa a sofrer os efeitos de seus atos, pois seus pensamentos e a culpa não o deixam descansar, mostrando que às vezes os piores monstros que podem nos assombrar não são fantasmas, demônios ou nada sobrenatural, mas a lei de causa e efeito, as conseqüências de nossos próprios atos.


A adaptação, terceira para o cinema só esse ano (as outras foram “TORRE NEGRA” e “IT: A COISA”), foi considerada pelo autor como a melhor e mais assustadora.






Em nossa opinião o filme é interessante pelo seu caráter psicológico, mas não é mais assustador do que os outros. Ele prende a atenção pela tensão que ele proporciona, por mostrar como a mente pode ser tanto nossa amiga quanto nossa maior inimiga.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O SEQUESTRO (2017)






Thriller com muita ação


Karla (Hale Berry) é garçonete e vive uma briga com o ex marido David pela guarda de seu filho Frankie (pelo menos é o que o filme deixa subentendido). Os minutos iniciais do filme mostram a ligação de Karla com o menino e sua luta diária para dar a ele uma boa educação, atenção e amor.





A ação do filme começa quando ela leva a criança a um passeio no parque e ele é seqüestrado. Como Karla vê seu filho sendo colocado dentro de um carro e ser levado por uma mulher, ela decide iniciar a perseguição. E aí está o filme. Uma sequência de cenas mostrando uma mãe determinada a resgatar seu filho das mãos de alguém que ela nem sabe quem é e nem o porquê do que está fazendo.



A verdadeira motivação do seqüestro você só vai descobrir no final. A atuação de Hale Berry está impecável e o filme é recomendado para quem gosta de muita tensão, pois você consegue se sentir angustiado junto com aquela mãe desesperada. 





Apesar de ter tido notas baixas por parte da crítica, que classificou o filme como a maior furada em que a atriz já se meteu, os espectadores o viram como uma boa forma de entretenimento, pois, apesar de um roteiro extremamente simples, o objetivo do filme não é contar uma história profunda, mas levar o público a viver uma experiência de tensão contínua com um leve suspense no final.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

FALA COMIGO (2017)






Drama Nacional (um filme com profundidade, mas onde não falta sexo)


Clarice (interpretada por Denise Fraga) é psiquiatra e tem dois filhos, Diogo e Mariana. Além disso, vive um casamento em crise. A menina é hipocondríaca e Diogo sente prazer ao falar no telefone com as pacientes de sua mãe. Seu fetiche é guardar “provas” desse momento dentro de uma pasta azul.




Dessa forma ele conhece Ângela, uma mulher de 43 anos recém separada, depressiva e se envolve com ela. No início ela pensa estar falando com o ex, mas em um determinado momento descobre a verdade, e os dois acabam se envolvendo em um relacionamento afetivo. Essa relação começa a surtir efeitos positivos em ambas as partes. Ângela fica mais alegre e disposta, enquanto Diogo começa a fazer descobertas sobre sua sexualidade, abandona seu fetiche e começa a amadurecer.


Mas essas mudanças de comportamento fazem com que Clarice descubra o que está acontecendo com o filho e não aceite esse relacionamento.




O cinema Nacional tem tomado um caminho mais existencial, se preocupado mais em mostrar conflitos sociais, trazendo algumas histórias que retratam as angústias do ser humano, problemas familiares e paradigmas ligados à descoberta e/ou desenvolvimento pessoal.



“QUE HORAS ELA VOLTA”, “MÃE SÓ HÁ UMA”, “DE ONDE EU TE VEJO” e “HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO”, são exemplos dessa linha de roteiros escolhidos pelos cineastas brasileiros.



Em “FALA COMIGO” o tema central é a relação entre um rapaz de 17 anos e uma mulher mais velha com todos os preconceitos envolvidos, mas também mostra uma dinâmica familiar complicada e os efeitos que isso pode causar nos seus componentes. O filme começa mais focado na questão sexual (apesar de não trazer cenas de nudez, o contexto sexual é bem explícito) e aos poucos vai trazendo os sentimentos humanos mais profundos.





Esse estilo de filme sempre agrada mais a crítica que aos espectadores, mas nós gostamos e, apesar do que foi exposto acima em relação às cenas sexuais e linguagem algumas vezes imprópria, recomendamos.

domingo, 15 de outubro de 2017

EVERESTE (2015)






Filme Catástrofe


Baseado em Fatos Reais e no livro “NO AR RAREFEITO” escrito por Jon Krakauer, um dos sobreviventes.






DISPONÍVEL NA NETFLIX A PARTIR DE 15.10.17


O Monte Evereste no Nepal é uma montanha onde se encontra o ponto mais alto do mundo com 8.848 m de altura em relação ao nível do mar. Por esse motivo é o sonho de muitos alpinistas alcançarem o seu cume. Para isso são organizadas equipes que fazem esse tipo de expedição. A subida pode levar semanas e os alpinistas enfrentam, baixíssimas temperaturas e falta de oxigênio.


Em maio de 1996 duas dessas expedições desciam após alcançarem seus objetivos quando foram surpreendidas por uma enorme tempestade.




O filme tem pouco mais de duas horas e seu foco é inicialmente a preparação para a escalada e, logo depois, mostra com detalhes tudo o que aconteceu durante aquela tempestade.



Para alguns pode ser considerado cansativo, pois o cenário é sempre o mesmo e as histórias pessoais ficam na superficialidade. Porém o objetivo do filme é trazer a angústia presente nas pessoas que vivenciaram aquela experiência e fazer com que isso seja quase uma tortura psicológica.


Se você estiver à procura de diversão, esse filme talvez nãos eja uma boa escolha. Mas se você gosta de emoções fortes, ele é o ideal para uma tarde com pipoca.





A crítica ficou na nota média de 3 pontos, mas o público parece ter gostado do clima de sofrimento, sem efeitos especiais aparentes e muito realismo, pois a nota por parte dos espectadores foi 4.



quinta-feira, 12 de outubro de 2017

MEUS 15 ANOS (2017)





Romance, drama, uma pitada de comédia, ou seja, tudo que tem na vida de um adolescente comum e especial ao mesmo tempo


DISPONÍVEL A PARTIR DE HOJE 12.10.17 NA NETFLIX


Quando se é adolescente as pessoas se preocupam mais em te dizer o que fazer do que descobrir o que você quer fazer. Os 15 anos são vistos como a mudança drástica da infância para a maturidade, mas será que é mesmo? Claro que não.




Bia é uma menina de 14 anos que faz parte do grupo de alunos mais estudioso, nerd, e por isso é invisível na escola. É cantora, compositora, toca ukulelê, mas não tem coragem de expor seu talento para outras pessoas. Sua mãe morreu quando ela era ainda muito pequena e por isso mora somente com seu pai, que faz tudo que pode para ela ser feliz e, um dia, a inscreve em segredo em um sorteio no shopping para ganhar uma festa de debutante. E ela ganha!!!! Só que ela não queria......


Bia não tem refinamento, não tem amigos, mas tem um bom coração e acaba convidando todo mundo do colégio. Agora, como será essa festa?


O filme é puro, ingênuo e retrata uma parte da realidade nua e crua dessa fase da vida, onde para ser popular na escola tem que ter glamour, ser bonita, possuir um celular top e dar festas maravilhosas, sem pensar no reflexo que isso poderá ter no resto de suas vidas.



No filme o que acontece com Bia é muito comum entre os adolescentes. Ela acaba sendo tratada de forma diferente pelos outros só por causa da festa e isso faz com que ela se distancie dos valores que a faziam ser especial, afinal de contas na adolescência o que importa é ser popular, pois ser especial é mais uma maldição do que um prêmio.


Sim, a história é totalmente clichê, com uma movimentação previsível e algumas atuações que deixam a desejar (o que não é o caso de Larissa Manoela e Daniel Botelho que faz o papel de seu melhor amigo Bruno, que estão muito bem em seus papéis), mas deixa uma boa impressão com uma fotografia clean e figurinos bem escolhidos. O roteiro traz algumas personalidades de forma exagerada, mas entende-se que a função disso é levar o público principal do filme a fazer identificações mais imediatas.
O filme é baseado no livro “MEUS 15 ANOS” de Luiza Trigo.



Vale à pena assistir? Sim, na nossa opinião vale. A nota média entre crítica e espectadores foi 3,0.





Mas lembramos que para aproveitar melhor essa experiência se deve deixar o preconceito contra Larissa Manoela de lado, pois ela praticamente carrega o filme nas costas.

domingo, 8 de outubro de 2017

HISTÓRIAS CRUZADAS (2012)






Drama

DISPONÍVEL NA NETFLIX


Skeeter – Emma Stone
Aibileen – Viola Davis
Minny – Octavia Spencer
Hilly – Jessica Chastain


Jackson, uma pequena cidade do Mississipi, EUA. I nício dos anos 60. Os negros não são mais escravos, porém ainda vivem a margem da sociedade tem que apenas utilizar espaços exclusivamente reservados à eles. O trabalho que restou para as mulheres negras, descendentes das escravas domésticas foi como empregada nas casas dos brancos, lavando, passando, cozinhando, educando e cuidando das crianças brancas, sendo mal tratadas, enquanto seus próprios filhos precisam abandonar a escola para ajudar a pagar as contas, já que o salário é subumano.




Skeeter é uma garota branca que acabou de sair da faculdade de jornalismo e, como a maioria das moças brancas, também foi educada por uma mulher negra, e ao visitar suas amigas casadas e ver como elas eram tratadas, resolve escrever um livro com depoimentos mostrando a dura realidade daquelas pessoas.


O filme tem quase duas horas e meia de duração, mas não aprece, pois os personagens nos encantam e queremos ver como a história vai prosseguir.


Teve duras críticas por parte do pessoal especializado, dizendo que era um filme sem estrelas (acho que hoje mudaram de idéia), com personagens estereotipados e em busca de um Oscar, obtendo no máximo nota 3,0 daqueles que o julgaram dessa forma.



Porém os espectadores, em sua grande maioria, avaliaram o filme com média 4,7 e adoraram. Personagens estereotipados? Será que não é fácil julgar assim, sem ter vivido naquela época? Sem ter sofrido na pele, o que ele povo sofreu, um estado de segregação e maus tratos total, a ponto de, mesmo sendo assalariadas, passarem de geração por geração por ordem de testamento, como se fossem propriedades?


Acho que não é bem assim que devemos olhar a história.


Baseado no livro de Kathryn Stockett “THE HELP” (A Resposta em português) lançado em 2009, o filme bateu recordes de bilheteria, ficando próximo a grandes lançamentos da época como “O PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM”.




Aibileen diz ao final do filme:

“Deus diz que temos que amar nossos inimigos, mas é muito difícil. Mas podemos começar dizendo a verdade.”

E ela tem toda a razão.


Super recomendamos.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

CHIPS (2017)





Ação, Policial e Comédia


Jon Baker – Dax Shepard
Frank Poncherello – Michael Peña


A série CHiP’s foi exibida em seis temporadas de 1977 a 1983 e mostrava o dia a dia de dois patrulheiros rodoviários em motocicletas no estado da Califórnia, a Patrulha Rodoviária da Califórnia (Califórnia High Patrol).  A série foi uma febre, principalmente entre as crianças e ajudou a melhorar a imagem dos policiais no mundo todo, pois na série eles eram corajosos, competentes, simpáticos e solícitos. A serie também mostrava a amizade dos dois fora do trabalho.


No Brasil ela foi transmitida pela TVS (SBT) de 1979 as 1982 e depois pela Record de 1982 as 1985. Houveram transmissões posteriores em outros canais também.



No filme, Frank Poncherello é um agente do FBI que se infiltra na Patrulha Rodoviária para descobrir quais os policiais corruptos que estão envolvidos em assaltos à caixa forte. Já Jon Baker ganhava a vida fazendo acrobacias em sua motocicleta e, após 23 cirurgias, teve que parar, e foi aí que começaram a aparecer dificuldade na relação com sua esposa. Para refazer seu casamento ele entra na corporação para parecer com o pai dela, que também era policial e para que ela possa ter orgulho dele.



O filme tem ação e perseguição desde o começo. Tudo envolvido em tom de comédia. Para quem gosta do gênero é uma boa diversão. Mas, porque os fãs da série ficaram tão revoltados com o filme?





SÉRIE x FILME


Como dissemos acima a série trouxe respeito e uma visão muito boa dos policiais na época e pensar em corruptos dentro da corporação vai totalmente contra essa idéia.


Nas duas primeiras temporadas a série também tinha um tom de comédia acentuado, mas dentro de certos limites. O filme excede esses limites, mostrando cenas exageradas, piadas escatológicas e sexuais desnecessárias, muitas vezes mostrando os policiais como imbecis.



Existe também uma grande inversão de papéis. Na série Jon Baker era o mais equilibrado, o cérebro da dupla, ficando muitas vezes até impaciente com seu parceiro Ponch, que, apesar de competente e um excelente policial, deixava sua “quedinha” por mulheres em geral atrapalhar o trabalho. Na terceira temporada com a popularidade do seriado em alta seu comportamento teve uma leve modificada e o tom de comédia da série ficou mais ameno.



Na série o foco da Patrulha era mais o ambiente rodoviário e não tinha tanto uso de violência e armas como no filme.


Essas coisas incomodam os fãs, os que conheceram os verdadeiros patrulheiros, mas se você assistir ao filme sem se conectar com o passado, como se ele fosse um filme novo, ele pode agradar a quem gosta do gênero, apesar de ter uma história boa mal aproveitada em um roteiro fraco.


Se você quiser ver o trailer da série antiga ele está disponível no link abaixo:




CURIOSIDADES


- Dax Shepard além de atuar como Jon Baker, também dirigiu e escreveu o roteiro do filme.

- Em 1979, Erik Estrada, que vivia o personagem Frank Poncherello na série, sofreu um acidente gravíssimo de moto durante as gravações e ficou cinco dias em coma, quase vindo a falecer. Cenas de sua internação e de sua reabilitação foram utilizadas em alguns episódios.

- Dax Shepard não é tão conhecido do grande público. Já o ator Michael Peña esteve em Beleza Oculta, Perdido em Marte, Homem Formiga, Exorcistas do Vaticano, entre outros.



LINKS PARA ASSISTIR AO FILME





quinta-feira, 5 de outubro de 2017

O LIVRO DE HENRY (2017)






Drama com um leve suspense

ESTREOU NOS EUA EM 16 DE JUNHO E AINDA NÃO TEVE LANÇAMENTO NO BRASIL


Henry é um menino de 11 anos superdotado que vive com seu irmão mais novo Peter e sua mãe. É ele que toma conta de tudo, desde o controle dos gastos até a receita familiar que ele consegue através de negociações de ações na bolsa. Ele é apaixonado por sua vizinha Christina, que ele desconfia sofrer maus tratos por parte de seu padrasto. Ele chega a essa conclusão quando a menina, que estuda na mesma classe que ele, tem diminuição do rendimento escolar, percebe-se falta de vontade em se alimentar e de vez em quando aparece com hematomas sobre a pele. Só que seu padrasto é chefe de polícia da cidade e por isso ninguém acredita nas acusações de Henry.



Por esse motivo ele decide resolver o caso por si mesmo e elabora um plano para acabar com o sofrimento de Christina, plano que ele guarda todo esquematizado em um caderno vermelho.




Esse é o tipo de filme que tem um roteiro coerente e intrigante, uma história apaixonante, mas que foi recortado em vários retalhos que não conseguiram ser costurados depois. O filme falha em vários pontos e o primeiro deles é a questão do abuso sofrido por Christina, que em nenhum momento do filme fica claro se acontece ou não, mas que é o plot principal do filme. Isso deixa o suspense implícito na história prejudicado, pois você não sabe qual o caminho que os eventos seguirão. Outro fator é que as transições de situação para situação (são elas que fazem o filme caminhar de forma fluída e contínua) são fracas e soltas, o que faz o espectador se distrair e achar o filme cansativo em alguns momentos.



O elenco é de primeira: Naomi Watts, a estrela de “O CHAMADO”, Jacob Tremblay, que já vimos em “O QUARTO DE JACK” e que veremos novamente em “EXTRAORDINÁRIO” em breve, Jaeden Lieberher do filme “IT: A COISA” e Maddie Ziegler, a bailarina da Sia e da série “DANCE MOMS”, que se tiver meia dúzia de falas no filme todo é muito.



Por que o lema do filme é “Nunca deixe as coisas por fazer” você só descobre assistindo.





O filme estreou nos EUA em 16 de junho de 2017 e ainda não foi lançado no Brasil. Por esse motivo não tem avaliações disponíveis.

LINK PARA ASSISTIR AO FILME






quarta-feira, 4 de outubro de 2017

NOSSAS NOITES (2017)






Drama/Romance

UMA PRODUÇÃO ORIGINAL NETFLIX


Louis é um homem que mora sozinho e vive de forma solitária. Sua única diversão é o café da manhã que compartilha com os amigos de longa data. Um dia sua vizinha, Addie, bate em sua porta e lhe faz uma oferta: já que os dois são tão solitários, porque ele não vai dormir na casa dela de vez em quando para conversarem, tomarem um vinho e afastarem um pouco a solidão.



A proposta é aceita e junto com as conversas sobre o passado, começa a nascer um afeto especial.



O filme é calmo, tranqüilo, mas traz uma temática importante quando especula sobre a vida afetiva e sexual das pessoas mais maduras e o preconceito que ela gera na sociedade e até mesmo nos amigos e familiares mais próximos. Pessoas ativas, bonitas, mas que parecem que tem que parar de viver apenas por conta da idade. Também fala de viuvez e da síndrome do ninho vazio, quando os filhos começam a se concentrar em suas próprias vidas .


 Como não amar o encontro entre Robert Redford, hoje com 81 anos e a sempre linda Jane Fonda com 79 anos e a todo vapor.




Algumas críticas não foram muito positivas, mostrando um filme sem sal e sem açúcar, mas será que não é assim por ser o retrato do que nos tornamos quando envelhecemos? É sim boa diversão, sem grandes sustos ou reviravoltas, mas uma boa diversão com dois atores de primeiríssima linha.




O filme é baseado no livro de mesmo nome de Kent Haruf.